COMPONENTES PROFUNDOS DO JAPÃO – CINECLUBE MACUCO
junho 13, 2019
Cat
Soup (Sopa de Gato) e Patriotismo ou Rito de Amor e Morte fizeram a sessão do
Cineclube Macuco do último dia 10/06.
Cat
Soup (2001) é uma versão alternativa do universo criado pela mangaká Chiyomi
Hashiguchi conhecida pelo seu pseudônimo “Nekojiru” (“neko” de “gato”; “jiru”
de “sopa”). Cat Soup é também a animação
mais experimental de Tatsuo Sato. Os poucos diálogos são compensados pelo
arrojo visual, consistindo numa viagem psicodélica cheia de referências
esotéricas em que talvez sejamos lembrados que é preciso transcender para
atingir esferas superiores de consciência. De todo modo, vale mais a
experiência do que a compreensão literal de cada cena.
Depois do anime, um minimalista filme preto e
branco. Patriotismo ou Rito de Amor e Morte de 1966 apresenta um casal se
amando pela última vez, pouco antes de praticarem o Seppuku ou Haraquiri (forma
tradicional de suicídio samurai). A cultura Japonesa pode soar absurda para
outras pessoas, se torna necessário estudo profundo.
Finalizando a Mostra Japonesa que ocupou nossa
tela-parede nos meses de Maio e Junho, temos para o dia 17 em horário especial
de 18:30h , Osu e Ran. Confira abaixo as sinopses e outras informações.
Osu
Direção:
Osamu Tesuka
Duração:
3 minutos
Gênero:
Animação
Sinopse:
Um gato é frustrado pelo seu dono que está sentado no chão agoniando com a
espera de algo, impedindo o gato de seu divertimento.
Ran
Direção:
Akira Kurosawa
Duração:
2h40min
Gênero:
Épico
Sinopse:
Japão, século XVI. Hidetora (Tatsuya Nakadai), o poderoso chefe do clã dos
Ichimonjis, decide dividir em vida seus bens entre seus três filhos: Taro
Takatora (Akira Terao), Jiro Masatora (Jinpachi Nezu) e Saburu Naotora (Daisuke
Ryu). Com o primeiro fica a chefia do feudo, as terras e a cavalaria. Os outros
dois ficam com alguns castelos, terras e o dever de ajudar e obedecer Taro. No
entanto, Hidetora exige viver no castelo de alguns deles, manter seus trinta
homens, seu título e a condição de grão-senhor, mas Saburu, o predileto,
prevendo as desgraças que viriam com tal decisão, se mostra contrário à decisão
paterna. Assim é expulso do feudo e acaba sendo acolhido por Nobuhiro Fujimaki
(Hitoshi Ueki), que se mostra impressionado com sua decisão de contrariar o pai
e casa-o com sua filha. Hidetora vai ao seu castelo, que agora é de Taro, e não
é bem recebido, pois seu primogênito é encorajado por Kaede (Mieko Harada), sua
mulher, para ter liberdade para tomar decisões e chefiar o feudo. Kaede quer
vingar a morte dos pais, que foram mortos por Hidetora em um incêndio, e guarda
muito rancor e igual rejeição. Hidetora sente isso quando vai ao castelo de
Jiro e assim se vê isolado em seu ex-império e bem próximo da insanidade.
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