Dark Star - Um Confinamento no Espaço
maio 16, 2020
Nessa fase de distanciamento social (ou é quarentena? Nem
sei mais!) muitos de nós reinventamos as atividades e o tempo passado em casa.
Em pequeno contraste com a aflição que atinge muitos, alguns experimentam a "privilegiada" sensação de boiar entre os dias sentindo tédio provocado pelo isolamento. Em comparação
a essa situação flutuante montamos a próxima programação no cineclube com os
clássicos espaciais estadunidenses Dark Star (live dia 19/05) e 2001 : Uma Odisseia No
Espaço (live dia 26).
Dark Star (1974) nasceu como um curta. Ao obter grande sucesso em festivais
onde foi exibido foi transformado no primeiro longa-metragem dirigido por John Carpenter,
que também compôs a trilha sonora. O roteiro e montagem ficaram por conta de Dan O’Bannon, que também atua
no filme. Esse compartilhamento de várias funções da dupla deu
um toque pessoal à película.
Carpenter tem uma carreira
longa ligada aos gêneros terror e ficção científica, , Halloween Eles Vivem, O
Homem das Estrelas e Vampiros são algumas de suas produções mais conhecidas. Também
se tornou notável por ter composto (ou em parceria) grande parte da banda
sonora dos seus filmes e lançou o álbum de estúdio Lost Themes em 2015.
Dark Star se enquadra como
sci-fi e comédia. A produção teve baixo orçamento e usam muita criatividade
para compensar, como no alienígena de estimação bizarro que Bannon adota e nos
cenários apertados que colaboram com a temática talvez mais discutida no
roteiro: a loucura causada pelo isolamento e confinamento. Dark Star é o nome da nave em que seus poucos
tripulantes homens estão há 20 anos, com a missão de destruir planetas “instáveis”
preparando o terreno para futuras colonizações.
Ao menos, visto que a tessitura do tempo muda
conforme eles viajam no espaço, eles envelheceram aproximadamente apenas 3
anos. Mas de qualquer forma são 20 anos de convivência dentro da nave, com
espaçadas transmissões à Terra, conversando com o computador de bordo e bombas usadas
para destruir os planetas, ambos com inteligência artificial.
O computador de bordo de Dark Star é uma referência direta a 2001: Uma Odisseia No Espaço, que foi lançado em 1968. É uma voz feminina calma e suave que compõe o tempo cômico perfeito ao ser combinada com as cenas desesperadoras em que os astronautas se encontram. O papo filosófico das inteligências artificiais é outro paralelo. Mas não é minha pretensão falar muito de 2001 aqui, talvez apenas que acho esse filme uma homenagem a linguagem cinematográfica, o som e as imagens em movimento no tempo contando as histórias. Provavelmente John Carpenter se empolgou com a fita ao ponto de criar Dark Star, quase uma paródia cômica, sem tantos efeitos especiais mas com sua própria singularidade.
O computador de bordo de Dark Star é uma referência direta a 2001: Uma Odisseia No Espaço, que foi lançado em 1968. É uma voz feminina calma e suave que compõe o tempo cômico perfeito ao ser combinada com as cenas desesperadoras em que os astronautas se encontram. O papo filosófico das inteligências artificiais é outro paralelo. Mas não é minha pretensão falar muito de 2001 aqui, talvez apenas que acho esse filme uma homenagem a linguagem cinematográfica, o som e as imagens em movimento no tempo contando as histórias. Provavelmente John Carpenter se empolgou com a fita ao ponto de criar Dark Star, quase uma paródia cômica, sem tantos efeitos especiais mas com sua própria singularidade.
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Postado por Lucas O. Rosário
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