Clássicos Participantes #leituraemcasa
abril 24, 2020Durante a quarentena estamos promovendo atividades conjuntas a serem experienciadas sem que você saia de casa. Pensando nisso, nossa sala de leitura não poderia ser deixada de fora.
Gostou das nossas sugestões? Vem participar da votação e curtir esse momento com a gente. Deixa aí nos comentários suas sugestões para as próximas leituras 😉
Uma breve votação no instagram, estabeleceu como preferência do público uma live semanal, onde debateremos um pouco da obra escolhida. Finalizado o momento de seleção, será liberado um cronograma de leitura nas redes sociais, incluindo data e horário das lives.
➱ Enquanto não definimos o livro, vou deixar aqui uma breve sinopse de cada um deles, além de todos eles disponíveis no drive para que você possa acessar quando e onde estiver.
Fahrenheit 451 - Ray Bradbury
"O livro descreve um governo totalitário, num futuro incerto, mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instalados em suas casas ou em praças ao ar livre. A leitura deixou de ser meio para aquisição de conhecimento crítico e tornou-se tão instrumental quanto a vida dos cidadãos, suficiente apenas para que saibam ler manuais e operar aparelhos."
Você já foi alguma vez a um museu? Tudo abstrato. É só o que há agora. Meu tio diz que antigamente era diferente. Muito tempo atrás, os quadros às vezes diziam alguma coisa ou até mostravam pessoas. (Fahrenheit 451 - Ray Bradbury)
Frankenstein - Mary Shelley
"Frankenstein é sem dúvida o maior clássico de terror de todos os tempos. É também um ensaio sobre a prepotência humana e a solidão em sociedade. Cego em seu propósito de dar vida à matéria inanimada, o cientista Victor Frankenstein constrói um ser monstruoso a partir de restos humanos – mas, quando enfim alcança o resultado pretendido, foge de sua própria criação! Abandonada e fadada ao desterro e à rejeição, a criatura passa a perseguir o cientista e, depois, a buscar vingança."
Nada é tão doloroso para a mente humana quanto uma grande e repentina mudança. (Frankenstein - Mary Shelley)
Água viva - Clarice Lispector
"Água viva é um desafio emocionante para quem lê ou relê Clarice Lispector. Traz uma linguagem que não se perde no tempo; ao contrário, é ricamente metafórica, em que coisas, ações e emoções do dia-a-dia se transformam em grandiosas digressões indagadoras sobre o sentido da existência e da vida. Seguindo a linha de características introspectivas de seus livros, Clarice cria uma obra singular, verdadeiro relato íntimo que projeta em flashes, como num caleidoscópio, verdadeiros resumos de estados de espírito em tom de confidência, onde a subjetividade sobrepuja o factual e a narradora é responsável pela cadência do texto."
Que mal porém tem eu me afastar da lógica? Estou lidando com a matéria-prima. Estou atrás do que fica atrás do pensamento. Inútil querer me classificar: eu simplesmente escapulo não deixando, gênero não me pega mais. Estou em um estado muito novo e verdadeiro, curioso de si mesmo, tão atraente e pessoal a ponto de não poder pintá-lo ou escrevê-lo. (Água viva - Clarice Lispctot)
O Alienista - Machado de Assis
"Clássico da literatura brasileira, este texto de Machado de Assis continua sendo, cento e trinta anos depois de sua publicação original, uma das mais devastadoras observações sobre a insanidade a que pode chegar a ciência. Tão palpitante quanto de leitura prazerosa, O alienista é uma dessas joias da ficção da literatura mundial.
Médico, Simão Bacamarte passa a se interessar pela psiquiatria, iniciando um estudo sobre a loucura em Itaguaí, onde funda a Casa Verde - um típico hospício oitocentista -, arregimentando cobaias humanas para seus experimentos. O que se segue é uma história surpreendente e atual em seu debate sobre desvios e normalidade, loucura e razão."
A loucura, objeto dos meus estudos, era até agora uma ilha perdida no oceano da razão; começo a suspeitar que é um continente. (O Alienista - Machado de Assis)
Coração das Trevas - Joseph Conrad
"Obra-prima da literatura inglesa, o Coração das trevas se tornou também uma referência cultural sobre os horrores da colonização. A história é de Marlow, capitão de um barco a vapor, em sua ida de encontro a Kurtz, um explorador de marfim de métodos questionáveis, que vivia entre os selvagens do Congo e precisava ser levado de volta à civilização. O romance mergulha no mundo interior do personagem principal, em busca do inominável, tendo as trevas da selva africana como imagem do inconsciente."
Presenciei isso tudo, vendo-o… ouvindo-o. Vi o mistério inconcebível de uma alma que não conhecia limite, nem fé, nem medo, embora lutasse cegamente contra si propria. (Coração das Trevas - Joseph Conrad)
1984 - George Orwell
"Winston, herói de 1984, último romance de George Orwell, vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a mais famosa personificação literária de um poder cínico e cruel ao infinito, além de vazio de sentido histórico. De fato, a ideologia do Partido dominante em Oceânia não visa nada de coisa alguma para ninguém, no presente ou no futuro."
Enquanto eles não se conscientizarem, não serão rebeldes autênticos e, enquanto não se rebelarem, não têm como se conscientizar. (1984 - George Orwell)
O Jardim Secreto - Frances H. Burnett
"Este livro de Frances H. Burnett não é um clássico por acaso. Ele conta a história de Mary, a garota mimada que se torna órfã e é obrigada a viver com o tio na Inglaterra. Também conta a história de Colin, o primo inglês que acreditava estar à beira da morte, e do senhor Archibald Graven, dono da mansão que esconde um jardim mágico."
Uma das novas coisas que as pessoas começaram a descobrir no século passado foi que os pensamentos – simplesmente, os pensamentos – são tão poderosos como as pilhas elétricas e podem ser tão bons para as pessoas como a luz do sol, ou tão maus como o veneno. Deixar um pensamento triste ou ruim entrar na cabeça e tomar conta dela é tão perigoso (…) E, se depois que entrar, se deixar que ela fique, pode não sair nunca mais. (O Jardim Secreto - Frances H. Burnett)
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Postado por Maria Clara Fernandes
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