FOLIA DE REIS: A TRADIÇÃO CONTINUA
janeiro 06, 2022Com origem no termo folie, que significa “loucura”, Folia é sinônimo de brincadeira, festa, dança, carnaval e de uma das festas religiosas e populares mais icônicas do Brasil, muito presente no interior da Bahia, a Folia de Reis.
Como é de se esperar, na imensidão do país a tradição ganha variações e contornos regionais, conhecida também como Terno de Reis, Reisado, Festa de Santos Reis...
Com cantoria, versos e muita cor e alegria se celebra a manifestação de Cristo na Terra. Quando os Três Reis Magos — Gaspar, Melchior (ou Belchior) e Baltazar — viram a Estrela de Belém, foram ao encontro de Jesus recém-nascido. Ao chegarem presentearam o menino com ouro, incenso e mirra. No cristianismo ocidental, este evento é celebrado na Epifania em 6 de janeiro ou no domingo após.
Os Reis Magos (que não eram necessariamente mágicos, mas sábios por seguirem os sinais do céu), vieram de lugares distintos e representam a humanidade em toda a sua diversidade. O ouro representa a realeza, pois os magos procuravam pelo rei dos judeus. O incenso, a fé, simbolizando a oração que chega a Deus. E a mirra, uma resina usada como remédio, remetia ao sofrimento que Jesus iria passar e à imortalidade.
Conversamos com Júnior e Miguel da Associação Cultural
Colônia de Una, que tivemos o privilégio de receber em Buerarema em janeiro de
2020.
A associação existe desde 2011 e tem o objetivo de resgatar
e valorizar a tradição do Reisado, seguindo os ensinamentos dos mais velhos. O
grupo também mantém viva a tradição da Burrinha e o Bumba-Meu-Boi, mas sendo o
Terno de Reis o seu forte.
Conheça mais sobre o Terno de Reis Colônia de Una no vídeo
que eles mandaram pra gente, a seguir:
Conversamos também com o ator e artista plástico Rogério Tomás, que monta presépio da família anualmente, além de presépios em miniatura. O seu primeiro contato com um presépio montado, ainda na primeira infância, foi como o de muitas crianças bueraremenses: o Presépio de Dona Menininha. Ocupava uma sala grande, repleta de montanhas, rios, estátuas de todo tipo, proporcionando uma novidade a cada visita, um novo detalhe a ser percebido.
Desta época até o ano em que montou seu primeiro presépio, várias águas rolaram, passando pela brincadeira na infância de criar casas para
brinquedos, o estudo de cenário para teatro e a orientação de sua mãe Abigail
Braitt, que encomendou as primeiras peças.
“O prazer de montar o presépio é ver a alegria de minha mãe,
e neste período de Natal, que é o momento em que todo mundo fica um pouco
vazio, na esperança de alguma coisa, o coração apertado... A presença do
presépio traz alegria e proteção para dentro da casa.”
Fotos: Renata Figueiredo |
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